O endividamento empresarial é um tema complexo que merece atenção devido ao fato de que pode não ser necessariamente ruim. No âmbito corporativo o endividamento pode ser entendido como saudável em alguns aspectos e até necessário para que a companhia tenha a oportunidade de expandir sua presença no mercado. O segredo está em saber lidar assertivamente com a situação.
Endividamento empresarial pode ser saudável?
Acima mencionei que o endividamento empresarial pode ser saudável, isso acontece em situações em que a organização precisa passar por alguma melhoria ou desenvolver sua metodologia de trabalho com assertividade. O ponto de maior relevância é que o gestor precisa ter um planejamento bem estruturado para realizar o pagamento do valor tomado por empréstimo.
Nem sempre quando se quer expandir a capacidade de uma companhia se tem o capital necessário disponível. A decisão de tomar capital de terceiros precisa ser tomada com responsabilidade. Recomendo um bom acompanhamento financeiro, pois a linha que divide o endividamento saudável do problemático é bastante tênue. Crescer é importante, porém, manter-se no controle das finanças mais ainda.
Endividamento empresarial: 7 Dicas de como lidar com essa situação
Agora que já está claro do que se trata o endividamento empresarial vou apresentar algumas dicas de como lidar com essa situação evitando o agravamento da mesma.
1 – Evite sempre que possível o endividamento
Sabe aquela máxima que diz ser melhor prevenir do que remediar? Ela é absolutamente válida no tocante às dívidas, sendo assim o ideal é que a organização mantenha um bom controle de suas finanças. Recursos como software de gerenciamento e especialistas na área financeira atuando na companhia são bastante relevantes para os bons resultados.
2 – Faça uma análise criteriosa antes de um empréstimo
Se não for possível evitar a contração de dívidas indico que a sua organização tenha um trabalho criterioso para avaliar se terá como realizar o pagamento do capital que pretende tomar de empréstimo. As parcelas dessa transação jamais devem ultrapassar o valor de 30% dos rendimentos líquidos da sua corporação.
Aliás, essa é a lógica utilizada para empréstimos pessoais também, o valor das parcelas não pode ser maior do que 30% da renda do indivíduo, pois se deve ter consciência de que há outros custos que deverão ser mantidos.
3 – Em caso de endividamento coloque tudo na ponta do lápis
Se a sua companhia já está numa situação complicada de endividamento a recomendação é usar ferramentas como softwares ou planilhas para detalhar as receitas e as despesas mensais. Além disso, é crucial conter o aumento da dívida, considere fazer significativos cortes de gastos.
Após esse processo de avaliação e cortes faça subtraia das receitas os custos fixos mensais (como luz, telefone, água, folha de pagamento entre outros) chegando à conclusão de quanto de capital estará disponível para pagar as parcelas da dívida. Tenha um plano de pagamento para oferecer ao credor.
4 – Invista numa boa negociação
Parcelar uma dívida ajuda a tornar o seu pagamento mais fácil em médio e longo prazo, no entanto, é fundamental que o empresário considere a aplicação de juros nessas parcelas. Se não houver critério durante a negociação é possível criar uma bola de neve que poderá acarretar na falência da sua companhia. Os gestores que tiverem alternativas como, por exemplo, vender algum bem para liquidar a dívida à vista devem fazê-lo evitando o parcelamento.
5 – Não tenha medo de renegociar
Para aqueles que ao ler esse artigo perceberam que realizaram uma negociação pouco vantajosa ou impossível de ser cumprida recomendo a renegociação. Basicamente se trata de procurar o credor com quem foi realizado o trato pouco vantajoso e tentar rever alguns pontos.
Obviamente que o credor espera receber o que lhe é devido o mais rapidamente possível então é positivo procurar uma opção que esteja no meio do caminho entre menor espaço de tempo e juros reduzidos. A renegociação gira em torno de chegar a um meio termo para ambos os envolvidos.
6 – Dê preferências para as dívidas de juros mais elevados
Sua companhia se encontra numa situação de endividamento com diversos credores? Nesse caso recomendamos que seja dada a preferência para o pagamento das dívidas que têm juros mais elevados. Essas dívidas tendem a se tornar bolas de neve mais rapidamente, pois a cada dia em que não são quitadas geram mais custos. Uma possibilidade é fazer um empréstimo bancário com juros menores para quitar todas as outras dívidas, nesse caso é feita a troca de juros mais altos por juros mais baixos.
7 – Corrija o endividamento da sua companhia
Antes de qualquer coisa ressalto que as medidas a serem tomadas dependem da situação em que a corporação está, isto é, qual o tamanho da dívida e a disposição de capital para quitá-las. Uma promoção pode ajudar a alavancar os lucros e ainda escoar o que está parado no estoque, assim o que antes incomodava se transforma em dinheiro para quitar a dívida.
Diminuir o estoque também é uma boa solução para as companhias que têm o custo com o aluguel de um galpão para essa finalidade. Realize um trabalho de cobrança dos clientes inadimplentes para gerar mais recursos para a sua organização.
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