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Estratégias de Negócio

O que é gestão empresarial? Como aplicar, onde estudar e ferramentas!

Se você já é ou deseja ser um empreendedor de sucesso, com certeza precisa conhecer e implementar a gestão empresarial nos seus negócios. Esse tipo de gestão consiste em uma série de medidas estratégicas que o ajudam a administrar as tarefas e os resultados obtidos por uma organização, em todos os seus departamentos e projetos.

Neste artigo, vamos compreender melhor o que é a gestão empresarial, por que ela é tão importante, como pode ser aplicada, quais são os diferentes tipos de gestão que existem e quais são as ferramentas mais úteis nesse processo. Acompanhe!

O que é gestão empresarial?

Podemos entender o conceito de gestão empresarial como um conjunto de práticas, processos, métodos, ferramentas, políticas e estruturas estratégicas para administrar uma empresa com eficácia e eficiência. Trata-se da maneira como a instituição se organiza e sistematiza as suas atividades, tendo em vista o alcance dos objetivos de cada departamento e da organização como um todo.

Por isso, a gestão empresarial envolve um esforço coordenado e integrado entre os diferentes setores organizacionais, como: marketing, finanças, vendas, recursos humanos, tecnologia e operações. Esse processo é composto por diferentes etapas, que incluem o diagnóstico de problemas, a definição de metas, o planejamento estratégico, a execução das tarefas, o monitoramento contínuo e a mensuração de resultados.

Qual é a importância da gestão empresarial?

A gestão empresarial é um processo importantíssimo para garantir a sobrevivência das empresas. Sem essa sistematização dos processos, há grandes chances de que o negócio não se sustente, sobretudo nos mercados mais competitivos. É uma questão de sucesso e sustentabilidade em longo prazo.

Confira na sequência os principais motivos para investir na gestão empresarial:

  • Eficiência operacional: a gestão aperfeiçoa a utilização de recursos, minimizando os erros, aumentando a produtividade e reduzindo custos.
  • Tomadas eficazes de decisão: administrando as pessoas, os dados e as informações, fica mais fácil tomar decisões estratégicas e operacionais.
  • Alcance de objetivos: a organização que a gestão empresarial promove facilita e acelera o alcance dos resultados desejados, alinhando esforços e recursos.
  • Sustentabilidade e crescimento: uma boa gestão mantém a empresa estável, mesmo em meio às adversidades, e com potencial de crescimento, adaptando-se às mudanças do mercado.
  • Motivação e engajamento: quando os colaboradores se veem em um ambiente produtivo e organizado, trabalham com mais motivação, o que retém talentos.
  • Vantagem competitiva: um modelo de gestão adequado pode fomentar a inovação e a eficiência, posicionando melhor a empresa no seu segmento.

Quais são os tipos de gestão empresarial?

O conceito de gestão empresarial é plural e diverso, já que há diferentes maneiras de gerir uma empresa. Confira os mais conhecidos na sequência.

Gestão centralizadora

É caracterizada pela concentração de poder em um único setor, como as diretorias, conferindo pouco ou nenhum poder aos demais colaboradores. Ela produz decisões rápidas, mas que podem ser ineficazes, já que uma única pessoa pode não analisar as situações sob todas as perspectivas possíveis. Com estrutura hierárquica rígida, esse tipo de gestão corre o risco de tornar-se autoritário. Os colaboradores podem se sentir desvalorizados por ficarem excluídos dos processos decisórios.

Gestão democrática

Em oposição ao modelo anterior, a gestão democrática desenvolve mecanismos para incluir cada vez mais pessoas nas tomadas de decisão. Mais horizontal do que vertical, a democracia nas empresas valoriza o colaborador, mas exige que os funcionários sejam muito qualificados, responsáveis e comprometidos. O clima organizacional costuma ser mais positivo nas gestões democráticas, mas as decisões podem ser mais lentas. Não é a melhor escolha em cenários de urgência.

Gestão por processos

Nesse tipo de gestão, o foco não está nas tomadas de decisão, mas na definição de padrões de tarefas — os processos — que maximizem a produtividade e a eficácia. Esse modelo geralmente organiza as atividades empresariais, mas o perfeccionismo pode limitar a inovação ou ignorar as necessidades das pessoas. O controle de processos é importante porque otimiza a utilização dos recursos organizacionais e pode auxiliar na redução de custos.

Gestão por resultados

Se a gestão anterior está focada nos métodos de ação, a gestão por resultados pouco se importa com eles, desde que as metas empresariais estejam sendo alcançadas. O lado positivo desse modelo é que ele está 100% direcionado ao sucesso da empresa e dos seus colaboradores, que têm mais liberdade de ação — já que o que é importa é o resultado, e não o processo. A limitação é que a ânsia pela conquista de objetivos pode prejudicar o clima interno e os relacionamentos, gerando estresse.

Gestão por cadeia de valor

A gestão por cadeia de valor tem como prioridade gerar valor ao cliente, procurando satisfazê-lo em todas as etapas. Esse modelo de gestão tende a atrair mais consumidores e a fidelizá-los. Entretanto, considerando que os clientes podem ter desejos e necessidades completamente distintos entre si, os colaboradores precisam ser flexíveis, adaptando a sua forma de oferecer produtos e de prestar serviços, considerando as características fundamentais de cada grupo-alvo.

Gestão comportamental

Diferentemente dos modelos anteriores, a gestão comportamental é focada em analisar o comportamento dos colaboradores, de modo que a organização possa extrair o que há de melhor em cada um para alcançar as suas metas. Por conta disso, a empresa investe no desenvolvimento de habilidades e competências que geram mais resultados benéficos nas suas atitudes diárias. Esse processo é importante, mas os processos e resultados não podem ser deixados de lado.

Gestão por competências

Por fim, a gestão por competências tem o objetivo de potencializar os conhecimentos, técnicas e habilidades dos colaboradores, tornando-os cada vez mais aptos (especialistas) nas suas atividades. A ideia é alinhar as competências técnicas e comportamentais das equipes aos objetivos organizacionais, por meio de processos seletivos mais precisos e de treinamentos contínuos. Assim como no tópico anterior, não se pode deixar os processos e as metas a serem alcançadas de lado.

Como aplicar a gestão empresarial?

Como você percebeu, existem diferentes maneiras de promover a gestão empresarial. No entanto, há 8 etapas fundamentais para colocar qualquer modelo de gestão em prática que podem ser adaptados às necessidades específicas de cada organização:

  • Planejamento estratégico: definir a missão, a visão, os valores e os objetivos da empresa, com estratégias para alcançá-los.
  • Organização: estruturar a empresa em departamentos, definindo pessoas, cargos, tarefas, tecnologias, comunicação e demais recursos necessários.
  • Liderança: desenvolver habilidades de liderança, a fim de organizar o trabalho, bem como motivar os colaboradores.
  • Controle e avaliação: adotar ferramentas de avaliação de desempenho e feedback, reconhecendo os acertos e corrigindo o que pode melhorar.
  • Inovação: abrir a empresa às sugestões de melhorias, que podem vir dos colaboradores e até dos próprios clientes.
  • Desenvolvimento da equipe: investir em cursos, treinamentos, tecnologias e demais ferramentas de desenvolvimento de conhecimentos e habilidades.
  • Gestão de recursos: administrar de maneira eficaz os recursos organizacionais: tempo, pessoas, finanças, materiais, informações etc.
  • Comunicação: garantir que as informações transitem com clareza e pontualidade entre os departamentos, mantendo todos alinhados com os objetivos e estratégias.

Quais são as melhores ferramentas de gestão empresarial?

Para colocar todo o processo acima em prática, existem algumas ferramentas que tornam a gestão empresarial mais fácil. Conheça as mais utilizadas.

KPIs

KPIs, do inglês Key Performance Indicators, são  “indicadores-chave de desempenho”. Eles nada mais são do que métricas que avaliam se o desempenho de um colaborador, atividade, departamento, produto, serviço, projeto etc. está ou não sendo satisfatório. Toda empresa precisa definir essas métricas, estabelecendo as que são mais relevantes ao contexto. É importante acompanhá-las periodicamente para verificar se a meta está sendo alcançada ou se ajustes estratégicos devem ser feitos.

Análise SWOT

A análise SWOT é uma poderosa ferramenta organizacional para que as empresas possam diagnosticar o seu cenário atual e definir o seu cenário desejado. Essa análise é composta por dois ambientes: o interno e o externo. No ambiente interno, são pontuadas as forças e as fraquezas da própria organização. Já no ambiente externo, são evidenciadas as ameaças e oportunidades, isto é, os fatores que podem beneficiar ou prejudicar a empresa, mas que não estão sob o controle direto dela.

5W2H

A ferramenta 5W2H consiste em um conjunto de 7 perguntas que precisam ser respondidas sempre que a empresa der início a um projeto ou tarefa nova, como parte do processo de planejamento: What? (o que será feito?), Who? (quem fará?), Where? (onde fará?), When? (quando fará?), Why? (por que fará), How? (como fará?) e How much? (quanto vai custar?). As iniciais das perguntas em inglês formam a sigla que dá nome à ferramenta, extremamente útil em qualquer processo empresarial.

Modelo Canvas

O modelo Canvas é uma representação gráfica que resume, de forma clara e estratégica, as informações básicas que norteiam a existência e as atividades de uma organização empresarial: proposta de valor, atividades-chave, segmento de clientes, relacionamento com clientes, parcerias principais, recursos principais, estrutura de custos, canais e fontes de receita. A ferramenta oferece uma visão macro dos projetos, na medida em que é preenchida, gerando insights poderosos.

Matriz BCG

A matriz BCG é uma ferramenta para avaliar os produtos e serviços de uma empresa em dois eixos: participação de mercado e potencial de crescimento. Os eixos formam 4 quadrantes: “estrela” (alto crescimento e alta participação), “interrogação” (alto crescimento e baixa participação), “vaca leiteira” (baixo crescimento e alta participação) e “abacaxi” (baixo crescimento e baixa participação). São classificações que auxiliam nas decisões estratégicas de marketing, vendas, precificação e até descontinuação.

Onde estudar gestão empresarial?

Para ser um bom gestor, o ideal é ter uma formação superior em administração de empresas. Posteriormente, é possível realizar cursos de pós-graduação e MBAs em gestão empresarial, gestão de negócios, gestão de pessoas, entre outros. Também é possível investir nos cursos online, nas escolas de negócios e nos institutos de formação profissional, como o SENAC e o SEBRAE.

Por fim, não podemos deixar de citar os processos de coaching, consultoria e mentoria, que podem oferecer soluções corporativas completas em gestão empresarial. Esses processos abrangem o plano de negócios, a formação de lideranças, a gestão de recursos humanos, a administração financeira, o aumento da produtividade, entre outros.

Conclusão

A gestão empresarial é fundamental para garantir o sucesso e a sustentabilidade de uma organização, proporcionando uma estrutura eficiente para a tomada de decisões, utilização de recursos e alcance de objetivos. A implementação de práticas de gestão eficazes envolve planejamento estratégico, liderança, controle, inovação e desenvolvimento de equipe, entre outros aspectos.

Com uma gestão empresarial bem executada, as empresas podem não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente de negócios competitivo e em constante mudança!

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