
Curva de Greiner – Fases de crescimento do negócio e suas consequentes crises
Entre os maiores desejos de empresários e empreendedores, está a necessidade de ver o crescimento dos negócios, bem como o retorno sobre o investimento realizado para que este crescimento de fato aconteça. Entretanto, este não é um caminho fácil a ser percorrido e precisa de bastante resiliência, sabedoria e paciência para acompanhar os resultados acontecendo pouco a pouco.
Os desafios são inúmeros e precisam ser superados diariamente, caso contrário, as chances de se alcançar o tão almejado sucesso vão diminuindo gradativamente com o passar do tempo. Diante disso e para facilitar a vida daqueles que desejam ver seus negócios prosperando, foi criada a Curva de Greiner, que permite a donos de empresas e seus gestores, acompanharem o crescimento da organização e tomarem decisões assertivas no momento em que estas estiverem passando por crises, independentemente de sua natureza.
Veja de que forma isso pode acontecer e como esta ferramenta pode lhe ajudar a fazer uma análise detalhada do cenário em que sua empresa está inserida e em que ponto da curva ela se encontra.
Entendendo a Curva de Greiner
Também chamada de Curva de Crescimento de Greiner, este modelo de análise de negócios foi criado nos anos 70, por Larry Greiner, que posteriormente, em 1998, veio a atualizá-lo. Trata-se da apresentação das fases de crescimento que uma empresa enfrenta, seja ela pequena, média ou grande, até culminar em uma crise, que, de acordo com o conceito, é fundamental para preparar a organização para a sua próxima fase.
No total, são seis fases pelas quais uma empresa irá passar, independentemente de seu segmento de atuação, começando por um período estável, em que, geralmente colhe os frutos de todos os esforços empregados para mantê-la no mercado, até chegar a um período de crise, necessária para continuar crescendo.
A Curva de Greiner é fundamental para que empresários e empreendedores compreendam melhor os problemas e dificuldades que suas empresas podem enfrentar, permitindo assim, que estes elaborem estratégias assertivas e antecipadas para minimizar os efeitos das crises que surgiram ao longo da jornada.
As seis fases de crescimento
Como eu disse anteriormente, são diversos os desafios que surgem durante a trajetória de crescimento das empresas. Veja, a seguir, cada uma das fases que Greiner formulou em sua teoria, com o objetivo de auxiliar executivos a se anteciparem e superarem estes momentos com excelência.
Fase 1 – Crescimento através da criatividade
Esta é a fase de crescimento em que os donos das empresas estão a frente de todas as ações relacionadas ao negócio. Aqui, a comunicação com colaboradores, fornecedores, clientes e demais stakeholders, acontece de forma fluida e direta, sem a necessidade de intermediações, afinal, o empresário tem o desejo de ver a sua organização crescendo, nem que para isso tenha que colocar, literalmente, a mão na massa.
A partir do momento em que este desejo se torna realidade e a empresa começa a tomar forma e crescer no mercado, surge a primeira crise, que a de liderança, ou seja, o dono precisa, de fato, se tornar dono e passar a delegar a outro profissional, atividades que antes eram de sua responsabilidade.
Fase 2 – Crescimento através da direção
Este é o momento de estabilidade em que a empresa está sendo gerenciada por um gestor apenas, que se tornou responsável pela formalização dos processos organizacionais como um todo. Porém, com o crescimento dos negócios, este já não comporta mais apenas uma pessoa como responsável por organizar tudo, interna e externamente.
Dessa forma, surge a crise da autonomia, que traz a necessidade da empresa trazer mais pessoas para apoiar este crescimento, uma vez que apenas um gestor já não consegue mais controlar toda a operação em suas mãos.
Fase 3 – Crescimento através da delegação
Com a crise da autonomia, viu-se a necessidade de trazer mais pessoas para compor a estrutura organizacional da empresa, atribuir-lhes responsabilidades e organizá-las em hierarquias. Resolvido este problema, outro foi criado, pois a medida que organização foi crescendo, seus membros foram se tornando mais independentes, culminando assim, na crise de controle.
Fase 4 – Crescimento através da coordenação
A partir do momento que uma empresa cresce, a ponto de se tornar uma organização de médio ou grande porte, vê-se a necessidade de organizar seus processos e centralizar novamente as decisões e certas atividades nas mãos dos gestores. Toda esta padronização processual, leva os negócios a enfrentarem uma nova crise, desta vez a da burocracia.
Fase 5 – Crescimento através da colaboração
Equipes eficientes e produtoras de informação são formadas no trabalho, para solucionar a crise da burocracia e simplificar os processos existentes na empresa. Com esta nova estrutura, em que há maior incentivo à espontaneidade de cada colaborador, ocorre um retorno àquela informalidade encontrada no início da organização. Diante disso, surge a crise de crescimento, em que a própria empresa passa a desafiar seus limites.
Fase 6 – Crescimento através de alianças
Este é um momento em que a empresa alcança a sua maturidade e para se desafiar constantemente, passa a fazer alianças, fusões e parcerias com outras organizações, para continuar atuando no mercado. Nesta fase, o grande desafio é manter a sua identidade e cultura organizacional, sem deixar que estas se percam com o passar do tempo.
Fazendo um breve retrospecto, parece fácil saber como sair da crise ou como fazer uma empresa crescer. Entretanto, cada uma destas fases traz desafios imponentes, capazes de transformarem a nossa história enquanto empresários e empreendedores.
Acredito que se formos resilientes e soubermos enxergar as oportunidades de crescimento em cada uma das crises descritas acima, teremos a possibilidade de nos tornarmos ainda mais vencedores em nossa trajetória. Basta acreditar e trabalhar com empenho para que isso aconteça.
E você, já conhecia esta teoria? Sua empresa já passou ou está passando por algum destes momentos? Deixe o seu comentário e lembre-se de continuar me acompanhando por aqui, pelas minhas redes sociais e também pelo meu canal no Youtube.