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Estratégias de Negócio

Tudo Sobre o Spread Bancário Para Empresas

É bastante comum ouvir que o spread bancário é um dos principais vilões em termos de gestão financeira de empresas que precisam tomar crédito junto a instituições bancárias. Contudo, mesmo sendo uma expressão que está sempre em pauta nem todo mundo sabe exatamente o que ela significa e porque pode ser tão complicada para a manutenção da competitividade da sua companhia.

Afinal, o que é spread bancário?

Resumidamente spread bancário é a maneira como os bancos faturam, pois consiste na diferença entre os juros pagos para captação de recursos (investimento de renda fixa ou poupança) e os juros cobrados pela oferta de recursos (empréstimos ou financiamentos). Por exemplo, o mesmo banco que oferece 7% de rendimento anual para a poupança pode cobrar 30% de juros para um empréstimo. O spread bancário nesse caso é de 23% (resultado de 30 – 7).

Exatamente por isso que há uma grande discrepância entre o valor dos juros cobrados pelos empréstimos e oferecidos como rendimento para captação de recursos, quanto maior a distância entre essas duas pontas maior é o faturamento da instituição financeira. O spread bancário elevado se reflete num lucro alto para o banco.

Como o spread bancário é formado?

Para os gestores de empresas que estão pensando em como manejar seus recursos em termos de investimentos e eventuais solicitações de empréstimo ou financiamentos vou explicar como se forma o spread bancário observando os principais fatores envolvidos.

1 – Margem de segurança da inadimplência

Um dos principais fatores de prejuízo para os bancos é a inadimplência que nada mais é do que o não pagamento de uma dívida. Como empréstimos e financiamentos são atividades bancárias que oferecem muitas chances de que os clientes se tornem inadimplentes é necessário que essas instituições utilizam uma espécie de margem de segurança em todas as operações que realizam. Em outras palavras o risco de inadimplência gera um pequeno adicional ao spread bancário para cobrir o valor de clientes que podem vir a não pagar.

2 – Margem de lucro do banco

Como expliquei acima o spread bancário é o lucro do banco, isto é, a diferença entre o que ele precisa pagar de rendimentos e receber pelos empréstimos realizados para seus clientes. Quanto mais ampla é a faixa de spread bancário maior é a margem de lucro, devo lembrar que o objetivo central de uma instituição financeira – inclusive das cooperativas de crédito – é gerar superávit em suas atividades.

Contudo, faço um adendo de que nem sempre as instituições bancárias têm elevados lucros por terem spread bancário alto, isso porque os devedores podem atrasar o pagamento de suas pendências ou podem não pagá-las totalmente. Sendo assim mesmo com um spread alto pode acontecer da margem de lucro obtida ser bem mais baixa.

3 – Carga de impostos diretos

Na lista de fatores que compõem o spread bancário não poderia faltar a carga tributária, são considerados impostos como Imposto sobre Operação Financeira (IOF), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Programa de Integração Social (PIS).

O COFINS e o PIS são cobrados sobre a receita total gerada pela instituição enquanto que o CSLL e o IR recaem sobre os lucros do banco. Embora o IOF já seja pago diretamente pelos clientes é incluso na formação do spread bancário sob a alegação de que ele contribui para a redução do rendimento de quem aplica de maneira a tornar o custo do tomador maior.

4 – Compulsório + encargos

O Banco Central (BC) de acordo com determinação legal recebe depósitos compulsórios advindos das instituições bancárias. Esses depósitos se referem as captações que são realizadas para poupança, depósitos a prazo e depósitos à vista. O objetivo disso é controlar o volume de dinheiro que está circulando na economia brasileira para manter a inflação controlada.

O depósito compulsório + os encargos gerados por ele entram na formulação do spread bancário haja vista que as instituições alegam que se trata de um valor que é desperdiçado e que poderia compor o seu lucro.

5 – Custos administrativos

Como toda empresa os bancos também têm seus custos administrativos para que possam manter a sua operacionalidade. São considerados custos operacionais aqueles que se referem ao pagamento de salários dos colaboradores, manutenção das agências bancárias entre outras. Por isso que esse fator também faz parte da composição do spread bancário.

Cuidado com a alta carga do endividamento

No Brasil temos spread bancário bastante elevado o que pode representar para as empresas que solicitam empréstimos e financiamentos uma carga de endividamento pesada. Antes de procurar uma instituição bancária para solicitar a tomada de crédito é interessante estudar outros caminhos para obter esse aporte financeiro como, por exemplo, investimentos de terceiros.

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